O coro inicial, no formato de uma brilhante abertura francesa, celebra a aparição de Leipzig como Jerusalém ou, no mesmo instante, a instalação do Conselho Municipal. Em seguida, deixa que a polifonia, uma imagem dos seus cidadãos, repita as palavras do Salmo 147. Daí em diante, as árias enumeram as bençãos dos que vivem na cidade das tílias e agradecem pelo bom governo, sempre uma dádiva dos Céus, de acordo com a estrita leitura paulina. As duas árias, contudo, apenas preparam o grande Coro.
Brilhante polifonia vocal e instrumentos de festa, tambores, trompetes declaram que o Senhor grande Bem fez à cidade. Música à altura da ambição cósmica do compositor, igualando por meio do som a Jerusalém celestial e a Leipzig terrena. Música que não se esquece.
No fim, um coral tradicional, pois o conselho quer logo embora, a festa espera nas ruas e os habitantes da cidades das tílias querem gozar dos bens de Deus, enquanto imaginam estar em Jerusalém.
Leipzig, 1720.
Jerusalém! Jerusalém cidade do principe da paz, és adornada de esplendor, em ti não há problemas poís tens a proteção dos céus. Tu estás adornada de um perfeito amor.
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