terça-feira, 12 de janeiro de 2010

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A idéia de louvor pode assumir muitas formas. Há igrejas completamente talhadas em pedra a exaltar o engenho das criaturas de Deus e corais plenos de trompetes e vozes sobre vozes, querendo imitar o coro dos Anjos. Páginas e páginas impressas com orações e sermões - uma obsessão nem sempre frutífera. A regra é o excesso; o singelo, a exceção. O verso do salmo é apenas um ponto de partida e é muito difícil, após milênios, ser original.

Difícil, mas não impossível e logo no primeiro coro o trompete apresenta um longo sorriso. Menos que o testemunho de um esforço humano para honrar a Majestade divina, ouvimos o deleite da Alma exposto em música. Jesus Cristo, afinal, é o Príncipe da Paz e a vida pode ser tão cheia de infortúnios e temores. Por isso, nada de tristezas: o Senhor é Rei por toda a eternidade e Deus de Sião. Alívio, portanto, graça, floreios do trompete e da voz humana.

Há mesmo dança nesse louvor e o coro, logo em seguida, pede a Jesus em um verso quase infantil que Ele não esqueça de seu ofício. Por isso, querem os fiéis entoar, em Paz, a divina palavra.

Tornou-se um convenção, nos dias que seguem, quebrar convenções. Os modelos antigos devem ser abandonados; o novo, porque novo, é necessariamente bom. Em verdade, para ser mais que uma tolice, o novo precisa de fundamento real, mais que meras palavras. É assim que ouvimos aqui um sorriso dentro do louvor, o prazer do crente. É velho e novo, ao mesmo tempo.


Lobe den Herrn, meine Seele

Louva ao Senhor, minha Alma


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